Empreendedorismo Jovem
No ano de 2020 a pandemia causada pelo novo coronavírus pegou a todos de surpresa causando o desemprego de muitas pessoas, incluindo os jovens. O site Agência Brasil divulgou uma pesquisa do IBGE que concluiu que o país tem 14,8 milhões de desempregados, o que representa 14,7% da população economicamente ativa. Mas esse índice é ainda maior entre os mais jovens. Na faixa etária de 14 a 17 anos, 46% estão em busca de trabalho. E, de 18 a 24 anos, o desemprego afeta 31% das pessoas.
Em meio a tanto caos, muitos jovens resolveram empreender e isto foi muito bom, pois eles não desistiram e optaram por abrir o próprio negócio, seja na internet ou até mesmo em pontos fixos. Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o número de jovens empreendedores passou de 3,4 milhões para 5,2 milhões e, a cada ano, eles estão mais atentos às oportunidades do mercado.
O que significa isso?
Significa que, cada vez mais, os jovens querem independência financeira, fugir do desemprego, ter horários mais flexíveis e autonomia no trabalho. Um levantamento da Globo, realizado no início de março de 2021, mostra que 24% dos jovens das classes A, B e C com até 30 anos são empreendedores e 60% querem ter um negócio próprio no futuro.
De acordo com a analista do Sebrae/MG, Delaine Cordeiro, os jovens possuem ideias inovadoras. “Eles enxergam oportunidades onde outras pessoas não as veem e, muitas vezes, possuem objetivos que vão além do lucro, como por exemplo, a possibilidade de uma mudança social. Isso é um ponto marcante nos jovens empreendedores”, explica.
Com a palavra, os jovens empreendedores
Os aprendizes do Projeto Jovens Jornalistas entrevistaram alguns desses novos empreendedores que iniciaram seus projetos entre 2019 e 2021. Confira:
Thayza Ferraz, vendedora de semi-joias, começou a empreender em 2019, porque sua condição financeira estava difícil. Por ser estudante de cursinho pré-vestibular, decidiu focar em trabalhar para si mesma. “Minha maior dificuldade no início foi conseguir capital para investir. Hoje, além de ter uma renda, consigo uma flexibilidade maior com o horário para estudar. Quero tentar Medicina”, explica.
Maia Santos, 21 anos, influencer, começou a empreender por necessidade em 2019. Ela diz que nunca se viu trabalhando de forma tradicional, suas maiores dificuldades foram a falta de apoio e o medo de não dar conta, achando que era impossível conseguir sozinha. “Sempre fui apaixonada por criar, planejar e executar ideias, daí enxerguei a oportunidade e realizei isso através do Marketing de Conteúdo”, conta.
Hoje o seu público são mulheres, pois ela viu que esse tipo de trabalho de mentoria para homens sempre foi muito maior do que para mulheres, e, apesar de tão jovem Maia coordena uma equipe formada por seis pessoas. De acordo com ela disciplina e transparência são os valores que a ajudam neste trabalho. Ela já é inspiração para várias mulheres, e diz que se sente orgulhosa pelas conquistas das suas clientes. “É como se fosse eu quem estivesse tendo os resultados”, salienta.
Charles Junior, 18 anos, é vendedor de roupas e acessórios infantil, feminino e masculino. O empreendedorismo sempre foi uma vontade para ele e seu sócio, Otávio Eduardo, que juntaram a paixão e a necessidade e decidiram empreender. Sua empresa é formalizada, e segundo ele isso traz mais segurança para ele e transmite confiança para os clientes. “Meu desejo é crescer como empreendedor”, reforça.
POR ONDE COMEÇAR?
O Sebrae oferece o Programa de Educação Empreendedora, que promove capacitação para estudantes e educadores e leva a cultura do empreendedorismo para escolas de todo o país.
Mais informações
Canal de Atendimento e WhatsApp: 0800 570 0800
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