Um 12 de junho de muito amor e de luta contra o trabalho infantil
Hoje é dia de comemorar o amor. Por onde se passa, há suspiros apaixonados, cumplicidade, ternura, carinho, corações de todas as cores… O amor deixa marcas… Mas, sabe o que mais deixa marcas? O trabalho infantil! E, diferente do amor, são marcas negativas e extremamente prejudiciais às crianças e à sociedade como um todo. Por isso, hoje é o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. E para debater o tema junto à sociedade, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) está promovendo a campanha: ‘“Criança não deve trabalhar, infância é para sonhar”. O objetivo é ressaltar que crianças e adolescentes precisam é de estudo, de brincar, de sonhar e não de trabalhar.
As consequências da exploração do trabalho infantil podem ser bastante prejudiciais para o futuro de um país, pois causa mais empobrecimento da população e piora na qualidade da educação. Perpetuando, dessa forma, o ciclo de pobreza e miséria.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil, cerca de 2,4 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, são explorados em condições subumanas de trabalho. Seja vendendo balas, pedindo dinheiro, desempenhando atividades domésticas, trabalhando em feiras ou na agricultura, crianças e adolescentes perdem oportunidade de estudar, tornando-se ainda mais vulneráveis à violência e às situações de risco.
No Brasil, há certa mitificação do começo do trabalho na infância, na qual se acredita que isso contribui para a formação de crianças e adolescentes e possibilita um fim da pobreza. Essa crença é muito perigosa, pois o que se observa é exatamente o contrário. Por se afastarem do ambiente escolar, as crianças ficam ainda mais expostas às situações de violência das ruas e de exclusão social.
Aprendizagem
Importante ressaltar que, no Brasil, o trabalho até 16 anos é proibido. Salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos, assistido pela Lei 10.097 (Lei da Aprendizagem), instituída no ano 2000.
12 de junho em BH
Para comemorar a data, o Fórum de Erradicação e Combate do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Fectipa/MG) realizou um evento no Parque Municipal Américo Renné Giannetti para adolescentes e jovens, que participaram de diversas atividades. O ponto principal foi a entrega da “Carta Aberta à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte”, na qual os jovens solicitam que o prefeito Alexandre Kalil assuma o compromisso de adotar ações voltadas para a prevenção e erradicação do trabalho infantil e de proteção ao adolescente trabalhador. A carta foi entregue à Secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Pinto Colares.
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