O curso “Diálogos que Transformam: Atendimento, Diversidade e Direitos” foi realizado pela Assprom, em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O objetivo foi fortalecer o respeito às diferenças e valorizar a diversidade étnica, racial, cultural, religiosa, estética e de gênero entre os adolescentes trabalhadores.
A iniciativa nasceu da atuação contínua da Assprom na promoção da diversidade e do diálogo entre jovens e instituições parceiras, por meio do Projeto Identidade e Racialidade. As educadoras sociais da instiuição, Flávia Fontenele e Isadora Moura, com o apoio das estagiárias Jessica Maria e Larissa Rodrigues, estruturaram o curso com foco em formar adolescentes para um atendimento mais inclusivo e empático, sempre pautado nos direitos humanos.
Formação e metodologia
Entre 29 de setembro e 3 de outubro de 2025, a primeira turma do TJMG participou da formação, totalizando 15 horas de atividades. As aulas foram realizadas na sede da Assprom, proporcionando aos adolescentes a oportunidade de conhecer o Espaço Maker e o Espaço de Inovação da instituição. Essa dinâmica favoreceu a integração dos jovens com o ambiente institucional, aproximando ainda mais os participantes da realidade da Assprom.
As atividades foram conduzidas de forma interativa e participativa, com rodas de conversa, dramatizações, jogos, vídeos e debates. Assim, o curso estimulou o protagonismo juvenil e incentivou reflexões sobre preconceito, discriminação, violências estruturais e atendimento inclusivo.
Durante os encontros, os jovens exploraram temas como capacitismo, xenofobia, etarismo, classismo, sexismo, homofobia e machismo. Dessa maneira, ampliaram o repertório e reconheceram práticas discriminatórias ainda naturalizadas na sociedade.
Prática e protagonismo juvenil
Na parte prática, os adolescentes responderam à pergunta:
“Como posso ser um agente de transformação?”
A partir dessa reflexão, criaram projetos no Canva e os apresentaram à equipe da Assprom, composta pelos educadores sociais Carolina Lúcia, Hugo Lima e Nathália Carvalho. Além disso, os grupos realizaram dramatizações sobre o tema “Práticas para um Atendimento Inclusivo e Plural”, representando situações reais de convivência e de atendimento ao público.
O curso terminou com uma apresentação no Espaço Inovação, em que os participantes compartilharam seus trabalhos finais sobre transfobia, racismo, capacitismo e intolerância religiosa. Essas discussões despertaram o interesse e a participação ativa dos jovens, que refletiram sobre seu papel na construção de uma sociedade mais empática e respeitosa.
Um dos adolescentes participantes, Marlon Henrique Libério da Silva, resumiu o sentimento coletivo:
“O aprendizado é o respeito como base de todas as relações. Foi muito bom viver esse momento.”
Resultados e reflexões
Ao final, os adolescentes avaliaram positivamente a experiência, destacando o aprendizado sobre respeito, empatia e inclusão. Muitos demonstraram interesse em aprofundar o debate sobre diversidade, especialmente em relação às siglas LGBTQIA+.
A vivência mostrou que refletir sobre diversidade é também um exercício de autoconhecimento e transformação social. Com isso, a Assprom reforça seu compromisso com a formação cidadã, ética e inclusiva. A instituição segue oferecendo espaços de diálogo e aprendizado que contribuem para uma sociedade mais justa, plural e acolhedora.