Washington Silvestre é um multiartista, empreendedor e ex-jovem da Assprom, cuja trajetória é marcada por superação, talento e sensibilidade social. Atuando como pipoqueiro por profissão e poeta por vocação, encontrou na escrita e na arte uma forma de expressão e transformação pessoal. Em entrevista ao Jornal da Assprom, Washington compartilhou sua história. Confira!
JORNAL DA ASSPROM: Como foi seu ingresso na Assprom?
WASHINGTON SILVESTRE: Em 1988, consegui uma carta de apresentação para entrar na Assprom. No início, trabalhei na FHEMIG, cobrindo férias, e depois fui transferido para o Centro Infantil do DER-MG, onde permaneci de 1988 até 1991. Foi nesse ambiente que recebi apoio de pessoas extraordinárias, como a Heloísa e o Márcio, por que tenho carinho até hoje. Minha entrada na associação, em 1989, foi um divisor de águas na minha vida, tanto como jovem quanto como pessoa. Durante esse período, iniciei minha jornada no mundo da escrita e da literatura, com o apoio de colegas de trabalho. Minha coordenadora, percebendo meu gosto pela leitura, começou a me emprestar livros, como O Capital de Karl Marx e O Diário de Anne Frank, que na época tinham um custo elevado e eram inacessíveis para mim.
JA: Como foi sua experiência no local onde você trabalhou?
WS: Foi maravilhosa. Tenho muitas boas lembranças e fiz amigos que levo para a vida toda. Trabalhei em várias áreas enquanto estive no Centro Infantil do DER-MG e sempre gostei muito de crianças. Essa experiência também me ajudou a superar a timidez e a vergonha, contribuindo para o meu crescimento pessoal.
JA: Como é a sua rotina de empreendedor? E como o senhor equilibra isso com o lado artístico, especialmente na criação de poemas?
WS: Minha rotina é bastante intensa. Saio de casa às 6h30 da manhã e só retorno às 22h, reservando as terças-feiras para descanso. Inclusive, estou desacelerando um pouco agora por questões de saúde. Nunca imaginei que seria pipoqueiro, mas a profissão surgiu como uma oportunidade apresentada pelo meu cunhado. Desde então, venho equilibrando as profissões: como pipoqueiro e multiartista. Agora em 2025, começo a produzir a segunda edição do meu livro com uma editora belorizontina e tenho planos de focar mais na música, colocando melodia em minhas letras.
JA: Quais conselhos você daria para os jovens que estão pensando em entrar na Assprom?
WS: Aproveitem todas as oportunidades, ferramentas e cursos que estiverem ao alcance. Além disso, meu maior conselho é: não desistam de estudar e persistam nos seus sonhos, mantendo sempre a esperança.
JA: De tudo que viveu na Assprom, o que mais te marcou?
WS: “O ‘ser’ da Assprom me proporcionou algo muito significativo: como um menino magrinho e pequeno, ao usar o uniforme da associação e estar sempre carregando documentos, senti que as pessoas me respeitavam mais. Isso era algo que eu desejava muito naquele momento da minha vida. Pequeno em estatura, mas grande nas possibilidades que a Assprom me trouxe.
JA: Gostaria de deixar alguma mensagem para a Assprom, que completa 50 anos neste ano?
WS: Agradeço imensamente pelo impacto positivo que a Assprom teve na minha vida, pelas inúmeras portas que se abriram e por todas as pessoas incríveis que cruzaram meu caminho. Tenho um carinho enorme pela associação e pelas oportunidades que ela me proporcionou, como o curso de datilografia, que até hoje ocupa um lugar importante na minha memória. Parabéns pelos 50 anos de história e impacto positivo na vida de tantos jovens como eu!