Jovens da ASSPROM participam de espetáculo no CCBB e refletem sobre a cidade como espaço de memórias

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No dia 4 de agosto, a turma 09B/25 da ASSPROM participou de uma experiência cultural marcante no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Os adolescentes assistiram ao espetáculo “Acorda!”, do Grupo Esparrama, que ultrapassa os limites do palco tradicional ao utilizar fachadas e janelas do edifício como cenário. A proposta convida o público a ressignificar a arquitetura urbana, enxergando a cidade como espaço de convivência, memória e transformação.

A atividade fez parte do Projeto Conhecendo a Cidade, iniciativa institucional que busca aproximar os jovens do patrimônio histórico-cultural de Belo Horizonte por meio de ações promovidas por instituições públicas e privadas.

O espetáculo, que mistura poesia e crítica social, provoca reflexões sobre o papel da arte como força política e afetiva. “Entre o fim e o despertar, a arte surge como gesto político e poético: plantar sonhos, ressignificar ruínas, reinventar espaços, agindo no mundo para manter a esperança acesa”, destacou o Grupo Esparrama.

Para os adolescentes, a vivência foi única. Thiago Henrique Alves Moura contou que passou a olhar a arte de forma diferente após a experiência: “Eu não me interessava muito por arte, mas essas atividades me ajudam a ver de outra forma.” Já Clara Mariana Pereira Coimbra se encantou com a narrativa: “Os palhaços vão em prédios que estão dormindo para acordá-los, para que não se percam com o tempo. O que mais me marcou foi como fizeram parecer que o prédio estava vivo.”

Gabriela Vitória também compartilhou sua percepção: “Eles tentaram desbloquear as memórias antigas, até perceberem que criar novas é tão importante quanto. Isso me marcou muito.”

Segundo a educadora Vanessa Guimarães, o contato com a cultura tem efeito transformador no desenvolvimento dos jovens:

“Enquanto educadora, presencio diariamente a ASSPROM como esse espaço de descobertas, de troca de lentes e visões de mundo. O espetáculo Acorda, toca em um ponto caro para o nosso trabalho: o acesso à cidade e às instituições que passam despercebidas no trânsito dos jovens pelas ruas de Belo Horizonte, e que na verdade, são fontes preciosas de aprendizado.”

A apresentação reforçou a importância da arte como ferramenta de sensibilização e de construção de novas formas de olhar a cidade e seus espaços públicos.

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