Setembro é marcado, mundialmente, pela maior campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio: o Setembro Amarelo. O movimento foi criado para alertar a sociedade sobre a necessidade de oferecer espaços seguros de diálogo e acolhimento e reforça que falar sobre saúde mental é essencial para salvar vidas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida, todos os anos, no mundo. No Brasil, os números chegam a quase 14 mil casos anuais, média de 38 suicídios por dia. Esses dados colocam o país entre os dez que mais registram autoextermínio.
Grande parte dos casos está relacionada a transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade. Especialistas destacam que, quando os pacientes têm acesso a tratamento psiquiátrico, acompanhamento psicológico, redes de apoio e informações de qualidade, o suicídio pode ser evitado.
Além disso, a campanha reforça a necessidade de quebrar o tabu em torno do tema. Para profissionais da saúde, o silêncio e o preconceito em relação ao sofrimento psicológico dificultam a procura por ajuda e ampliam os riscos. É preciso compreender que falar sobre suicídio não incentiva a prática, mas abre caminhos para acolher e orientar quem passa por momentos de dor.
No Brasil, diversas instituições, escolas, empresas e órgãos públicos promovem ações durante o mês de setembro, como palestras, rodas de conversa, iluminação de prédios com a cor amarela e a divulgação de canais de apoio. Uma das principais ferramentas é o CVV – Centro de Valorização da Vida, que oferece atendimento gratuito e sigiloso por meio do telefone 188 e também pelo site (www.cvv.org.br).
Mais do que uma campanha anual, o Setembro Amarelo é um convite para que a sociedade se comprometa diariamente com a promoção da saúde mental. Afinal, falar é a melhor forma de prevenir.